“PEC da Blindagem”: Os Que Recusaram o Pacto da Impunidade

Amom Mandel, Sidney Leite e Átila Lins votaram contra; Adail Pinheiro, Alberto Neto, Fausto Jr., Pauderney Avelino e Silas Câmara apoiaram a proposta; Saullo Vianna está de licença e não votou.

BRASÍLIA – A bancada do Amazonas na Câmara dos Deputados viveu um divisor de águas na histórica votação da PEC 3/2021. Enquanto a maioria dos representantes do estado (Adail Pinheiro, Alberto Neto, Fausto Jr., Pauderney Avelino e Silas Câmara) alinhou-se ao chamado “pacto da impunidade”, três parlamentares amazonenses se destacaram ao rejeitar a proposta que torna o Congresso juiz de suas próprias causas.

Os deputados Amom Mandel (Cidadania), Sidney Leite (PSD) e Átila Lins (PSD) foram os únicos da bancada a votarem contra a PEC da Blindagem, que foi aprovada em dois turnos e segue para o Senado. A medida estabelece que parlamentares federais só poderão ser processados criminalmente com autorização prévia da Casa a que pertencem.

A votação expôs a fratura ética na representação amazonense: de um lado, cinco deputados que preferiram a autoproteção; de outro, três que entenderam que mandato parlamentar não significa imunidade contra a Justiça. O resultado final na Câmara – 353 a 134 no primeiro turno e 344 a 133 no segundo – revela a extensão do acordo corporativo que uniu a maioria do Congresso em torno do privilégio.

Agora, a atenção se volta para o Senado, onde a população amazonense poderá observar quais políticos realmente defendem a igualdade perante a lei e quais preferem se esconder atrás de muros de impunidade.

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