Ação conjunta com Força Nacional e órgãos ambientais no sul do Amazonas utiliza explosões controladas e gás lacrimogêneo para dispersar garimpeiros; clima de tensão remete a confrontos passados.
Uma operação conjunta de segurança e órgãos ambientais foi deflagrada na manhã desta segunda-feira (15) para combater o garimpo ilegal no Rio Madeira, nos municípios de Humaitá e Manicoré, no sul do Amazonas. A ação, realizada pela Polícia Federal (PF), Força Nacional, Ibama e ICMBio, tem como alvo a destruição de equipamentos usados na mineração ilegal.
De acordo com as autoridades, dragas e balsas utilizadas pelos garimpeiros estão sendo incendiadas e explodidas de forma controlada. As primeiras estruturas foram destruídas nas proximidades de um frigorífico e de uma fábrica de gelo no bairro Santo Antônio, em Humaitá.
A operação gerou um clima de tensão extrema na região. A zona portuária de Humaitá está ocupada por garimpeiros e curiosos, o que elevou o risco de confrontos. Para conter aglomerações e dispersar os grupos, a polícia recorreu ao uso de gás lacrimogêneo. Moradores locais comparam a apreensão do momento a episódios violentos registrados em operações anteriores na cidade.
A iniciativa integra a estratégia do governo federal para desarticular a atividade garimpeira ilegal na Amazônia, apontada como causa de graves danos ambientais — como desmatamento e contaminação por mercúrio —, além de conflitos sociais e pressão sobre comunidades tradicionais.
Embora a ação também atue em Manicoré, é em Humaitá, onde a presença de garimpeiros é mais forte e a memória de confrontos passados permanece viva, que a situação se mostra mais crítica e delicada.
Veja os vídeos
imagens da internet