Nova apreensão de tartarugas-da-Amazônia em Parintins reforça combate ao tráfico ilegal

Doze animais foram interceptados pela Polícia Militar; duas tartarugas não resistiram às condições do transporte.

A Polícia Militar apreendeu mais um carregamento ilegal de tartarugas-da-Amazônia na noite deste domingo(5), em Parintins. Os animais foram encontrados dentro de um triciclo motorizado no bairro Itaúna II. As 12 tartarugas, a maioria adultas, estavam escondidas sob sacas e lonas no veículo.

A apreensão ocorreu durante o patrulhamento de uma guarnição da Polícia Militar. Os policiais identificaram o carregamento e inicialmente suspeitaram do transporte ilegal de carne clandestina. Após a abordagem, verificaram que se tratava de um carregamento de tartarugas. O condutor do veículo e os animais foram encaminhados à 3ª Delegacia Interativa de Polícia de Parintins (3ª DIP).

A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (SEDEMA) foi acionada e participou da ação. Os fiscais ambientais, com apoio do Corpo de Bombeiros, encaminharam as tartarugas para tanques na sede da secretaria. Segundo a SEDEMA, das 12 tartarugas apreendidas, duas estavam mortas. Elas teriam sido capturadas na região do Paraná do Arco, na zona rural do município.

O transportador e o comprador do carregamento não apresentaram licenças ambientais nem qualquer documento que comprovasse a legalidade do transporte dos animais. Ambos devem responder por crimes ambientais. As tartarugas vivas devem ser devolvidas à natureza nos próximos dias.

Esta é a segunda apreensão de tartarugas-da-Amazônia em menos de duas semanas em Parintins. No dia 24 de setembro, 50 tartarugas foram encontradas no porão de uma embarcação no porto da cidade. 47 animais sobreviveram e foram devolvidos à natureza após seis dias de reabilitação.

A tartaruga-da-Amazônia é um símbolo da região amazônica. Trata-se do maior quelônio de água doce da América do Sul e já integrou a lista de espécies ameaçadas de extinção no país.

A captura ilegal de tartarugas ou de ovos da espécie, prática que se intensifica nesta época do ano, é considerada crime ambiental e pode resultar em multas e outras penalidades.

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