Arara Vermelha vence Festival Folclórico da Vila Amazônia

A agremiação campeã venceu por 7 décimos de diferença e apresentou a temática ‘Pytang Gua’a: Símbolo de Resistência da Floresta”

Na noite deste sábado (26), no campo Cláudio Navarro, a Vila Amazônia celebrou o 8° Festival Folclórico das Araras Azul e Vermelha, que reuniu a tradição, ancestralidade e a resistência das 52 comunidades da gleba. A agremiação Arara Vermelha sagrou-se campeã da disputa mostrada para o mundo através da Prefeitura de Parintins, que deu todo apoio logístico, financeiro e estrutural.

A disputa entre as araras azul e vermelha foi acirrada, os blocos A – comum musical, Bloco B – cênico/coreográfico e bloco C – artístico foram julgados, décimos fizeram diferença no resultado final, em que Arara Vermelha foi campeã com 169,80 pontos e Arara Azul ficando em segundo lugar com 169,10 pontos.

Abrindo oficialmente o 8° Festival Folclórico das Araras Azul e Vermelha, o prefeito Mateus Assayag expressou palavras de felicidade e destacou investimentos, frutos de parceiros de Parintins. “É uma alegria muito grande participar desse evento e hoje com a presença muito especial do deputado federal Amon Mandel que tem me ajudado muito aqui em Parintins. Ontem creditou na conta da prefeitura uma emenda parlamentar de 16 milhões de reais para a gente avançar muito mais na saúde, mas também em todas as áreas da cidade e da zona rural”, ressalta Assayag.

Festival das Araras Azul e Vermelha

A Festividade surge em 2011 a partir de uma ação social para arrecadar recursos ao Dia Nacional da Juventude, no primeiro momento intitulado como “Festival das Cores” realizado até 2016. Após 7 anos sem ser realizado, o evento retorna em 2024 como “Festival das Araras”. E hoje, o espetáculo é evidenciado e mostrado para mundo.
Arara Vermelha defendeu o tema “Pytang Gua’a: Símbolo de Resistência da Floresta”, celebrando o esplendor da mãe natureza e lutando contra as ameaças impostas pelo avanço do ser humano. A Arara Azul apresentou o tema “Asas da Ancestralidade”, que busca contar a história, resgatar memórias e herança dos povos originários.
O Festival conta com 17 itens que são: Apresentador, Cantador, Canto Letra e Música, Guardiã Arara, Rainha Cabocla, Guerreira Cunhã, Xamã, Coreografia, Danças Regionais, Celebração, Figura Típica Regional, Lendas e Mitos, Ritual Indígena, Povos Originários, Alegoria, Galera e Organização do Conjunto Folclórico.

Apresentações

Abrindo a noite de disputas a agremiação Arara Azul fez uma apresentação dividida em 7 momentos: celebração Ancestral, seguido das danças regionais “O corpo da Tradição”. O terceiro momento é figura Típica “Matriarca Ancestral da Vila Amazõnia”, com os povos originários. O ritual indígena “Kuarupe – O Ritual de Passagem” marcou o quinto momento. Logo após surge a lenda “Curupira” e, por fim, a Apoteose “O voo da Eternidade”.

“Eu estou muito feliz pelo resultado. Isso é a soma de todo um trabalho que foi feito dia e noite, da luta dos nossos artistas trabalhando no sol, chuva pra entregar um espetáculo incrível com as nossas alegorias. Então, agradeço a todos artistas e agradeço também a Prefeitura de Parintins por trazer esse reconhecimento pra nossa comunidade”, festejou o presidente da Arara Azul, Hudson Sidney Serrão.

No segundo momento foi a vez da Arara Vermelha que começou a apresentação com uma mensagem do espírito Pytang Gua’a, em seguida, a celebração Toré da Vida. Apresentou também a dança regional “Carimbó da Terra Preta” e, logo em seguida, a figura típica regional “Camaroeiras da Amazônia”. Os povos originários consagram a noite com ritual indígena “Yawanawá” e por fim a Lenda “Pytang Gua’a Ave Sagrada” encerrou o espetáculo.

O presidente da Arara Vermelha, Wenderson José Muniz, comemorou o resultado e destacou todo trabalho coletivo que foi realizado para a agremiação se apresentar na arena. “Tudo certo, a Arara Vermelha foi bonita, fez um grande espetáculo e só tenho que agradecer a todo o elenco, a nossa diretoria, a todo o conselho de arte e a gente não para, o bicampeonato vem, meu povo”, finalizou.

Texto: Jailson Amazonas
Foto: Sidney Simas

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