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Mais de 300 animais silvestres foram resgatados ou apreendidos pelo Batalhão de Policiamento Ambiental da Polícia Militar do Amazonas (BPAMB), entre janeiro e dezembro de 2018. Durante o ano, 169 ocorrências foram registradas e atendidas.
Entre os animais recuperados, 63 ocorrências estão relacionadas ao resgate de répteis como tartarugas, tracajás, cobras e jacarés. Outras 53 ocorrências envolveram a recuperação e apreensão de mamíferos como macacos e bichos-preguiça. Outras 53 envolveram aves como tucanos, papagaios, gaviões e araras.
O subcomandante do Batalhão de Policiamento Ambiental, major Madson dos Santos Correia, explicou sobre o alto índice de resgate e apreensão de quelônios. “Isto está ligado à cultura de consumo deste tipo de espécie aqui na nossa região”, disse.
Ainda segundo o major, o Batalhão recebe muitas denúncias. “Quando o policiamento chega ao local, muitas vezes confirma que eles são criados para a reprodução e posteriormente para venda”, explicou.
Criar animais silvestres em cativeiro é crime e o infrator pode pagar multas ou até mesmo ser preso.
Histórico – O Batalhão de Policiamento Ambiental foi criado em 2004 e depois extinto no ano seguinte, retornando no ano de 2008. Sob o comando do tenente-coronel Marlon Nazereno Soares Benfica, o batalhão atua principalmente a partir de denúncias relacionadas a crimes ambientais contra a fauna e flora e o resgate de animais silvestres.
Além das ações próprias, são feitas parcerias com outros órgãos como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e até mesmo Marinha do Brasil e Exército Brasileiro.
Em ações que necessitam de cuidados médicos, como em resgates de animais mantidos em cativeiros e que se encontram debilitados ou feridos, o Batalhão também atua em parceria com equipes médicas compostas por veterinários e enfermeiros.
“Os animais recebem os primeiros socorros e todo o atendimento de urgência é feito no local. Depois, os animais são encaminhados, na maioria das vezes, para o Ibama ou mesmo soltos na natureza se estiverem recuperados”, disse.
O subcomandante orienta que as pessoas evitem manter animais silvestres em cativeiro não somente pelo risco de serem acusadas de crime ambiental, mas porque os animais acabam sofrendo por serem retirados do seu habitat natural, tornando-se agressivos.
Para denúncias ou pedidos de resgate, a população pode entrar em contato pelo telefone do Batalhão, no número 98842-1547, ou mesmo para 190 e 181, o Disque-Denúncia da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM).