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5 de julho de 2018O PARINTINS PRESS percorreu as filas dos bois, e conheceu a história de duas torcedoras fanáticas, Socorro Maximino, a primeira a chegar na fila do Garantido, e Cristiane Ferreira, a primeira da fila do Caprichoso.
A maioria dos torcedores dos bois ‘Caprichoso’ e ‘Garantido’ chega em média 12 horas antes das apresentações dos bumbás nas filas que dão acesso ao Bumbódromo, local de disputa das agremiações no Festival Folclórico de Parintins. O evento acontece este ano nos dias 29, 30 de junho e 01 de julho.
A torcida, chamada de galera, um dos 21 itens que concorrem no evento cultural, é muito importante para incentivar os bois em seus espetáculos na arena. A entrada da galera no Bumbódromo é liberada as 15h.
Mas, há aqueles que preferem ser um dos primeiros a chegar na fila para assegurar o melhor lugar na arquibancada e assim torcer e vibrar pelo bumbá de sua preferência.
O PARINTINS PRESS percorreu as filas dos bois, na manhã de sexta-feira, 29, e conheceu a história de duas torcedoras fanáticas, Socorro Maximino, a primeira a chegar na fila do Garantido, e Cristiane Ferreira, a primeira da fila do Caprichoso.
Louca Torcedora
Socorro Maximino, natural de Manaus, é integrante da torcida Independente “Mancha Vermelha Louco Torcedor”, formada por um grupo de amigos, que há 19 anos chega primeiro na fila por amor ao Boi da Baixa do São José.
“Como diz a toada do nosso Boi “passa chuva ou passa sol, pode vim o que vier, é isso que é galera””, declarou Socorro.
A manauara proíbe as pessoas a falarem o nome do outro boi na fila do Garantido.
“Só pode chamar de contrário”, adverte a torcedora.
Socorro e os amigos da Torcida ‘Mancha Vermelha’ chegaram terça-feira na fila. Além do amor incondicional pelo bumbá das cores vermelha e branca, ela cita outro motivo de tanta antecedência.
“A gente gosta de ficar no último degrau da arquibancada da galera, bem no canto onde ficam as câmeras da TV A Crítica/Record TV (emissora que transmite ao vivo e com exclusividade o Festival). Queremos mostrar para o Amazonas e o mundo o nosso sentimento, o amor pelo nosso boi do coração”, ressalta em tom emocionado.
Segundo Socorro, na fila os torcedores se revezam apenas para ir tomar banho.
“A gente toma café e almoça aqui mesmo, cada um colabora com um pouco, já virou tradição. Todo mundo se ajuda e ninguém passa fome”, conta torcedora.
Quanto as críticas ao grupo, ela disse que não liga.
“Se os roqueiros acampam uma semana antes para ir a show das bandas que eles gostam, por que a gente não pode fazer a mesma coisa no nosso boi?”, questiona.
“A gente ama o nosso boi e vamos ser campeão neste festival”, disse confiante Socorro.
Paixão sem limites
Cristiane Ferreira, natural de Parintins, chegou quinta-feira, 28, na fila do Caprichoso. Nos últimos cinco anos esse é o quarto ano que ela é a primeira da fila.
“Começou com uma brincadeira entre amigos para ver quem chegava primeiro, e eu sempre ganhava. Agora a gente tem até um grupo no whats app, e chegamos praticamente juntos, sempre um ou dois antes da apresentação do nosso boi amado”, relata a torcedora.
A jovem se considera ‘pé quente’ e assegura que o item 19 (galera) do bumbá azul e branco vai ser octacampeão este ano.
“Toda vez que eu chego primeiro na fila o Caprichoso ganha no item. No Festival 2018 não tem pra quem, vamos ganhar de novo. Nossa nação é apaixonada, isso tudo é amor pelo Touro Negro da América”, enfatiza.
A torcedora relata que ela e os amigos fazem questão de fiscalizar quem está na galera no momento da apresentação do boi.
“Quando a gente ver alguém parado, chamamos a atenção, brigamos as vezes, porque se é para não pular, não dá o melhor na arquibancada, é melhor ficar em casa vendo o Festival pela TV. Para ir pra galera do Caprichoso tem que ter muita disposição e amor. Vale a pena tudo isso, porque ninguém gosta mais desse boi do que eu”, declara Cristiane.