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1 de junho de 2024A Polícia Civil do Amazonas revelou que Cleusimar e Ademar Cardoso dirigiam uma seita religiosa chamada “Pai, Mãe, Vida”; eles foram detidos na tarde desta quinta-feira (30/05), em Manaus
A Polícia Civil do Amazonas descobriu que a mãe e o irmão da ex-sinhazinha do Boi Garantido, Djidja Cardoso, estavam à frente de uma seita religiosa, denominada “Pai, Mãe, Vida”.
Segundo as investigações, eles estavam envolvidos na distribuição da substância ketamina e promoviam o seu uso recreativo. Ambos foram detidos em Manaus, nesta quinta-feira (30/5), junto com funcionárias do salão de beleza Belle Femme, que colaboravam com a organização. Cleusimar, Ademar e Verônica (gerente do Salão Belle Femme) foram encontrados em um veículo, tentando fugir, por volta das 16h desta quinta. Com eles, foi apreendido uma mochila, onde estavam armazenadas drogas.
Conforme o inquérito policial, Ademar Cardoso (irmão de Djidja) liderava a seita, considerando-se Jesus, enquanto sua mãe Cleusimar se identificava como Maria. Djidja Cardoso, que faleceu recentemente, seria associada a Maria Madalena.
Ademar baseava suas práticas no livro “Cartas para Cristo”, defendendo que o uso de ketamina, drogas alucinógenas e meditação poderia conduzir ao autoconhecimento e a experiências espirituais profundas.
Na manhã desta sexta-feira (31/5), os investigadores realizaram uma operação no salão de beleza Belle Femme e confiscaram frascos de ketamina, uma substância anestésica de uso humano e veterinário que se tornou uma droga ilícita nos anos 1980.
A polícia também está investigando se há ligação entre a morte de Djidja e as atividades do grupo.
“Família Belle Femme”
Foram alvos da operação: Ademar Farias Cardoso Neto (irmão de Djidja), Cleusimar Cardoso Rodrigues (mãe de Djidja); Verônica da Costa Seixas (gerente do salão); Marlisson Vasconcelos Dantas (cabeleireiro do salão); e Claudiele Santos da Silva (maquiadora do salão).
O irmão de Djidja também está sendo investigado por suspeita de outros crimes, incluindo estupro e tráfico de drogas.
Entenda o caso Djidja Cardoso
Djidja, nome pelo qual era carinhosamente chamada, faleceu aos 32 anos em sua residência no bairro Cidade Nova, em Manaus. Conhecida como uma das figuras principais, a Sinhazinha, do Boi Bumbá Garantido, no Festival de Parintins entre os anos de 2016 a 2020.
Outros membros da família da ex-sinhazinha acusam indivíduos próximos a ela de envolvimento em atividades criminosas dentro da casa da vítima, incluindo a realização de ‘rituais’ com substâncias ilícitas. Cleomar Cardoso, tia de Djidja, denuncia os indiciados por negligenciarem o socorro à vítima e por incentivarem seu vício em drogas.
“A Djidja morreu por omissão de socorro por parte da mãe dela e da turma do Belle Femme de Manaus. A casa dela na cidade nova se tornou uma Cracolândia. Toda vez que tentávamos internar a Djidja, éramos impedidos pela mãe e pela quadrilha de alguns funcionários que fazem parte do esquema deles. A mãe dela sempre dizia pra nós não interferirmos na vida deles e que ela sabia o que estava fazendo, ficamos de mãos atadas. E está do mesmo jeito lá, todos se drogando na casa dela”, diz um trecho da publicação no Facebook de Cleomar.
Condição de Saúde em Questão: Advogada Argumenta em Defesa de Cleusimar e Ademir Cardoso
Durante uma coletiva à frente do local onde Cleusimar Cardoso e Ademir Cardoso se encontram detidos, sob suspeita de envolvimento na morte da ex-sinhazinha do Boi Garantido, a advogada Lidiane Roque apresentou uma perspectiva peculiar: ela descreveu seus clientes como “doentes”.
Lidiane Roque, agora encarregada da defesa dos dois suspeitos, destacou que a estratégia jurídica se concentrará em comprovar a incapacidade mental dos familiares de Djidja, devido ao uso de certas substâncias entorpecentes. O mandado de prisão emitido pela justiça cita o tráfico de drogas como uma das possíveis acusações contra Cleusimar e Ademir.