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No Dia Internacional da Mulher, 08 de março, a professora mestre Fátima Guedes, conhecida como educadora popular, lançou em Parintins o livro “Algemas Silenciadas”. O lançamento ocorreu nas ruínas da Casa da Cultura, no centro da cidade. A obra retrata experiências de mulheres que sofreram algum tipo de violência e as inspira a pensar em resistências e saídas para o problema.
O livro começou a ser escrito em 2016, após a autora, que é empenhada nas causas sociais, ouvir o relato de uma mulher que pediu para ter sua história conhecida por outras mulheres. A partir de então mais 9 mulheres, vítimas de violência, se encorajaram a contar seus dramas. Para Fátima Guedes, a obra é um compromisso social não só as mulheres que carregam algemas silenciadas, mas também com o sexo masculino.
“Os homens pelo processo machista que eles incorporam, também tem muitas algemas para serem libertadas. No dia que o machismo acabar homens e mulheres vão viver pacificamente felizes”, declara Guedes.
A educadora contou com incentivos de artistas locais para ilustrar seu livro, todos orgulhosos do trabalho, como Paola Paixão, que ilustrou a capa com um desenho de sua autoria.
“Muito gratificante ter participado dessa obra. Minha arte, na capa, representa as dores, tudo que as mulheres sentem e está guardado dentro delas, e eu estou muito feliz por isso”.
O público que foi prestigiar o lançamento da obra, aprovou a iniciativa da autora em compartilhas histórias reais e sofridas, de mulheres corajosas que dão uma lição de vida em seus relatos.
Para a professora da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Milena Barroso, a obra traz o poder e a potência das mulheres e ao mesmo tempo aborda a responsabilidade que a sociedade tem pra que essa opressão permaneça.
“O livro chama a atenção para todas nós mulheres e homens, poder público, para está repensando esse lugar que as mulheres ocupam, e pensar estratégias de enfrentamentos a essas violências”, disse a docente.