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Natural de Parintins-AM, Concy Rodriguez, de 51 anos, começou a atuar no teatro aos 13 anos de idade na peça “Morte Vida Severina”. O primeiro contato com a arte cênica ocorreu em 1980 quando acadêmicos da Universidade Estadual do Rio de Janeiro(UERJ), que faziam estágios em Parintins, desenvolveram na cidade um núcleo teatral com a comunidade.
Dos palcos, Concy seguiu a carreira de cineasta. Sua primeira produção audiovisual foi “A crise da água”, em 2003. O curta de 5min retrata o problema da distribuição do líquido precioso no Brasil e no mundo.
Mas foi em 2006 que sua relação com o audiovisual realmente se firmou, isso após conhecer o produtor amazonense Zé Leão que, segundo Concy, trouxe a Parintins a oportunidade de produzir curtas e participar de festivais regionais.
Concy começou sua coleção de troféus a partir do curta “Pânico no Vilarejo”, de 2006, onde venceu 3 categorias do Festival Regional Amazonense “Curta 4”, nas categorias: melhor filme, ator e direção.
No ano seguinte, 2007, com o curta “Dando no pé” a parintinense venceu a categoria melhor figurino, no mesmo Festival. Daí por diante produziu outros curtas vencedores de festivais.
Quando pergunto a Concy se existe algum curta preferido ela é bem objetiva.
“Ao todo são 17 produções, difícil dizer o preferido, pois cada um foi feito com um carinho especial. Porém, o primeiro “Pânico no vilarejo” foi o que mexeu com o ego. Eu disse: ganhar premiações é muito bom, eu quero mais”.
A pedido da ONG Irish Aid (entidade filantrópica que ajuda as instituições que cuidam de pessoas com HIV), em 2009 roteirizou e dirigiu o documentário “ELISA” que retrata o dilema de um jovem casal acometido pelo vírus HIV, que consegue dar a volta por cima, vencendo o preconceito e reconquistando o respeito de todos. “ELISA” faz parte do acervo do Ministério da Saúde e foi legendado em irlandês para exibição internacional.
Além de roteirista e diretora, Concy também atuou nas produções de curtas locais dos cineastas Harald Dinelly, Kelly Sobral e Doug Henrique. Todas essas produções venceram festivais regionais.
“Atuar é sempre emocionante, dá um friozinho na barriga, mas criar e dirigir é realmente o que eu gosto de fazer, amo estar por trás das cortinas e das câmeras”, afirma Concy Rodriguez.
Com um currículo invejável a cineasta foi convidada nos anos de 2011 e 2012 para participar de um festival internacional de cinema. Cony, Harald Dinelly, Doug Henrique, Kelly Sobral, Armando Queiroz e Ray Santos, representaram os cineastas amazonenses no Amazonas Film Festival.
“Conheci atores nacionais e de Hollywood, isso para uma roteirista que faz cinema com coragem , uma câmera e ajuda de amigos é algo grandioso e histórico”, diz Concy.
Em 2015, Concy roteirizou e dirigiu o clip da Banda Iandê, atual Kohva. A música, “Distrito Industrial”, está disponível para visualização no YouTube.
Apaixonada pela ‘sétima arte’, Concy, sempre está produzindo curtas e atualmente desenvolve um projeto com os amigos Geerre Angiole (produtor e professor de teatro), Efrain Rocha Graça (cinegrafista e editor), Jones Hudson (jornalista) e Kelly Sobral (produtora de audiovisual). Concy tem como objetivo participar de um festival independente que deve acontecer no segundo semestre deste ano. E alguém tem dúvidas que pode vim outras premiações?
Roteirista, diretora, atriz e produtora, Concy Rodriguez é uma das mais premiadas em curtas metragens da região e tudo isso deve-se a dedicação e talento que ela põe em cada produção, tornando-se assim melhor referência em produtora de audiovisual do Amazonas.
“As dificuldades são muitas, mas para quem ama a sétima arte, nenhuma delas ofusca o desejo de produzir sempre e sempre…” declarou Concy.