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19 de maio de 2022Realizada nos currais desde 2017, a iniciativa é uma parceria dos bumbás com a Maná Produções, Comunicação e Eventos (empresa voltada para o ramo de realização de eventos culturais), e é baseada na expansão da comunidade de pessoas com deficiência no município de Parintins.
Parintins é uma das cidades pioneiras na realização desse tipo de iniciativa.
A representante da Maná Produções, Marcia Nogueira, ressalta a necessidade deste tipo de trabalho. “A inclusão. Ela é necessária porque… parece um clichê, mas a verdade é que nós somos diferentes, embora alguns se adaptem mais a vários contextos, seja pelos fatores físicos ou neurológicos, mas o fato é que nós somo todos diferentes. Agora, nós temos um público de pessoas que falta audição, em outros falta a visão, mas não é por que falta uma característica nessas pessoas que elas tem que ficar ao limbo da sociedade. Que elas não possam ter o mesmo direito que o grande contigente das pessoas que tem todas as caraciteristicas necessarias”.
A inclusão durante o Festival Folclórico de Parintins
Além dos ensaios, a Maná Produções, desta vez, em parceria com a Secretaria de Cultura e Economia Criativa, organiza um espaço para que as pessoas com deficiência possam assistir a apresentação dos bumbás, dando a estes a oportunidade de prestigiar um dos eventos que é reconhecido como Patrimônio Cultural do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
Dias antes da festa é realizado um cadastro para que essas pessoas possam ter acesso ao espetáculo. “Existem os interpretes em libras, tem espaço para pessoas com cadeiras de rodas, tem o material de audiodescrição para pessoas cegas; o bumbodromo é todo adaptado.”, enfatizou Márcia.
Simone Melo, Diretora da Escola de Áudio Comunicação Pe. Paulo Manna do Município de Parintins, atua como intérprete para as pessoas com deficiência auditiva. Ela destaca a importância em realizar esse tipo de inclusão. “É prazeroso, a gente interage com a comunidade surda. Eu como parintinense atuo, levanto a bandeira da comunidade surda, participo ativamente. É uma responsabilidade estar ali intérpretando, porque você tem um retorno, eles estão ali felizes, dançando, vibrando e isso é o que prevalece, eles terem essa acessibilidade e essa inclusão na cultura, porque eles são parintinenses, então tem que estar ali pariticipando. Proporcionar essa acessibilidade é muito relevante, ainda mais para um profissional, fazer parte de um projeto desse e ter essa empatia”.
O público de pessoas que faz parte desta iniciativa vem crescendo a cada ano, mostrando que todos possuem acesso a cutura e lazer. É possível acompanhar esse projeto indo aos ensaios, nos currais dos bumbás.
Fotos: Maná Produções