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20 de agosto de 2024O uso de probióticos antes e após cirurgias gástricas em pacientes com câncer pode contribuir para a manutenção da massa muscular e a redução de complicações cirúrgicas, conforme estudo realizado com 24 pacientes da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM). A pesquisa foi conduzida pelo nutricionista da unidade hospitalar, Ábner Paz.
Os pacientes foram acompanhados entre o período de dezembro de 2021 e maio de 2022, e os resultados publicados no mês de julho deste ano na revista científica Braspen Journal, da Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral (SBNPE). A pesquisa contou com a parceria de pesquisadores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e do Instituto de Ensino e Pesquisa Sensumed.
Com o título “Perfil nutricional de pacientes gastrectomizados por câncer gástrico em uso de probióticos no Amazonas”, segundo Ábner Paz, a pesquisa analisou o estado nutricional – peso e medidas musculares – antes e após a cirurgia de gastrectomia total, que consiste na retirada do estômago.
“Os pacientes que fizeram o uso do probiótico tiveram, por exemplo, a melhoria da circunferência muscular do braço e na manutenção do peso. A cirurgia é um trauma, então, o paciente tende a emagrecer, assim, o probiótico pode ser uma ferramenta para diminuir as complicações cirúrgicas”, frisou Paz.
Probióticos
São microbactérias vivas do “bem”, as quais contribuem para o bom funcionamento do intestino. O intestino tem as funções, por exemplo, excretora e imuno endócrina – atua na produção de hormônios de acordo com a microbiota intestinal (flora instinal). Dependendo da comunidade de bactérias que habitam o intestino, o paciente terá uma resposta inflamatória alta ou não.
Segundo o nutricionista, os probióticos são responsáveis por regular a resposta inflamatória do intestino. Por isso a importância de uma boa alimentação. “Quanto mais alimentos embutidos forem consumidos, mais o intestino produzirá uma resposta inflamatória alta. Caso ocorra o contrário, o intestino promoverá a manutenção da massa muscular, porque a resposta inflamatória será baixa”, disse.
Consumo de probióticos
Os probióticos são importantes para a manutenção da microbiota intestinal, mas não são todos os pacientes oncológicos que podem tomá-los. De acordo com o nutricionista, pacientes imunossuprimidos e que fazem quimioterapia não podem consumi-los sem o conhecimento médico ou de um nutricionista.
“A suplementação da microbiota bacteriana intestinal é possível, mas é necessário possibilitar a sobrevivência e permanência dela. Se o paciente não come fibras, alimentos pré-bióticos, fibras e compostos bioativos, os quais são encontrados nos alimentos regionais, não há como promover a sobrevivência e manutenção da microbiota”, alertou Paz.
FOTO: Luís Mansueto/FCecon