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28 de março de 2024A terceira e última noite de apresentação do Boi-bumbá Caprichoso no Festival de Teatro de Curitiba foi marcada pela emoção e pela apresentação apoteótica do mais querido do povão no espetáculo “Duelo da Amazônia”. A apresentação padrão artístico do Caprichoso convidou os paranaenses para o espetáculo “Cultura, o Triunfo do Povo” nas noites de 28, 29 e 30 de junho na arena do bumbódromo, em Parintins.
Para o maestro e produtor musical do Boi Caprichoso, Neil Armstrong, a emoção também tomou conta dos músicos azulados ao ver Curitiba cantando as toadas do boi negro de Parintins. “As toadas do boi Caprichoso tocam as pessoas, mexem com a torcida aqui em Curitiba e em todo o Brasil. A música faz parte de um conjunto e a resposta que tivemos nas três noites de espetáculo foi muito positiva em relação às nossas toadas”, destacou.
O levantador de toadas, Patrick Araújo, conquistou os curitibanos com sua performance, carisma e potência vocal. Para ele, a energia do Festival de Curitiba foi contagiante. “A energia da torcida do boi Caprichoso em vários lugares do Brasil é surreal e não foi diferente aqui em Curitiba. O Festival e o nosso boi Caprichoso são tão grandiosos que deram um nível extraordinário de paixão e amor aos torcedores de muito longe do nosso estado”, assegurou.
Durante três noites, o apresentador Edmundo Oran, o levantador de toadas Patrick Araujo, o tripa do boi Alexandre Azevedo, a cunhã-poranga Marciele Albuquerque, a porta-estandarte Marcela Marialva e a sinhazinha da Fazenda Valentina Cid fizeram um show convidativo ao maior espetáculo da floresta em 2024. “Muito obrigada, Curitiba, esperamos todos vocês em Parintins no último fim de semana do mês de junho”, convidou Valentina.
Loja do Caprichoso
Os produtos oficiais do Boi-Bumbá Caprichoso também foram comercializados no Festival de Curitiba e todos foram vendidos segundo a responsável pelas vendas, Edinalda Sampaio. Curitibanos com bonés, camisas, canecas e réplicas de brincos usados pela cunhã-poranga Marciele Albuquerque estavam entre os produtos vendidos.
“Nos três dias de evento, tivemos uma grande procura pelos nossos produtos e nesta última noite as vendas foram maravilhosas, com todos os nossos materiais vendidos”, afirmou.
A jovem Beatriz esteve na loja e destacou sua paixão pelo boi negro de Parintins. “Me apaixonei pelo boi Caprichoso através da minha mãe, que desde pequena me mostrou o amor e paixão pelo Boi Caprichoso. Então, desde criança, sou muito apaixonada pelo Caprichoso”, afirmou ao comprar seus produtos.
Emoção da Apae
Ao se despedir do Palco do Teatro Positivo, os integrantes do boi Caprichoso receberam a equipe da Apae Campina Grande do Sul – PR, que viajou para encontrar o boi negro de Parintins. A emoção tomou conta da diretora Juliane Paulista, que contou a história de um grupo de alunos com PCD que participou do Festival Regional Nossa Arte Curitiba com a coreografia da toada “Pode avisar”.
“Ficamos na segunda colocação no evento porque os jurados disseram que nossa apresentação era cheia de brilho e por não conhecerem o Festival de Parintins. Mas para mim, o primeiro lugar está hoje com esse boi que só conhecíamos por vídeos e documentários, mas já amávamos”, conta a diretora.
Além do concurso, as toadas do boi Caprichoso são usadas para o processo educacional dos alunos da Apae. Edwan Oliveira e Ericky Nakanome recepcionaram os professores Luana Herreira, Patrícia Pereira, Francelize Vidolin, Ramiro William, Adaise Cristine, Izalita Canestraro, Ketelyn Mattos e a diretora Juliana Paulista.
Para Nakanome, é gratificante saber que várias crianças cantam as toadas do Boi Caprichoso e que a festa do interior do Amazonas chega a institutos, escolas e fundações do Sul do Brasil.
“A missão do Festival é essa: ultrapassar tempo, ultrapassar fronteiras, ultrapassar territórios, e o objetivo do boi com sua potência arte educativa é atingido. A Apae realiza um trabalho maravilhoso e ser reconhecido e ser usado como material didático para a gente tem um sentimento de revolução, de reconhecimento, de gratidão. É um sentimento de que o nosso trabalho vale a pena”, concluiu.
Foto: Miguel Van