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O Projeto Escola Afro-Amazônica do Instituto Cultural Ajuri (INCA) foi agraciado em primeiro lugar no 36⁰ Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, realizado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). O projeto pioneiro de educação antirracista, popular e decolonial concentra-se na promoção de histórias e culturas africanas, afro-brasileiras, indígenas em escolas e comunidades tradicionais e urbanas, visando valorizar o patrimônio cultural do Brasil.
O Prêmio Rodrigo reconhece iniciativas notáveis de preservação e salvaguarda do Patrimônio Cultural no país. Este ano, destacou o tema “20 anos da Lei nº 10.639/2003: Educação Democracia e Igualdade Racial”, em homenagem à inclusão da História e Cultura Afro-Brasileira no currículo escolar.
O projeto Escola Afro-Amazônico do INCA já alcançou diretamente mais de 1.000 estudantes desde o início de sua realização em 2021. Tendo produzido 20 videoaulas, 6 publicações literárias, 1 álbum musical didático com repertório afro-indígena, shows didáticos temáticos e outras atividades. Além de intercâmbios e pesquisas em quilombos e aldeias indígenas, encontros de formações com educandos e educadores, oficinas de música e danças afro-amazônicas, caminhada pela Liberdade Religiosa, encontros antirracistas e Mostra Cultural “Grito da Periferia”.
“A ação é grandiosa e potente, em sua proposta institucional de educação decolonial popular e antirracista, que valoriza e confere visibilidade à Amazônia Negra e Indígena. Apresenta possibilidades de ramificação, ao ser realizada como formação continuada e em etapas, atingindo diretamente dois municípios diversos do estado do Amazonas, Borba e Parintins, respectivamente localizados no Rio Madeira e Médio Amazonas. Leva à comunidade escolar uma produção intelectual e pensamento muitas vezes restrito às universidades e realiza parcerias com e para além do Estado”, apontou o parecer da comissão nacional de mérito.
O Instituto Cultural Ajuri é uma associação sem fins lucrativos, comprometida com o desenvolvimento humano, social e cultural. No concurso deste ano, dentre 374 inscrições, 15 ações foram reconhecidas após uma rigorosa avaliação, destacando-se o impacto e a relevância do projeto Escola Afro-Amazônico na valorização e promoção das culturas brasileiras historicamente marginalizadas.
O projeto Escola Afro-Amazônica foi apoiado pelo Governo do Amazonas, através de Emenda Parlamentar da Deputada Estadual Alessandra Campêlo.
De acordo com o idealizador do projeto e presidente do INCA, Marcos Moura, esse é o reconhecimento por todo trabalho diferenciado e pioneiro de educação e cultura étnico-racial, desenvolvido em escolas, quilombos, aldeias e periferias urbanas.
“Receber esse reconhecimento é uma conquista coletiva, um motivo de imensa alegria e orgulho. Mostra nossa capacidade de realização, compromisso e responsabilidade social. Destacando nacionalmente a relevância, o ineditismo, a proposta metodológica diferenciada e a excelência do Projeto Escola Afro-amazônica como alternativa educacional e cultural de enfrentamento e superação do Racismo e da invisibilidade da Amazônia Negra”, concluiu Marcos Moura.
Por Assessoria