Paixão, arte, criatividade e fé marcam a apresentação do Garantido

Garantido abre a terceira e última noite do 55º Festival de Parintins apresentando o espetáculo “Utopia Vermelha”, defendendo a ideia de que por meio da revolução com paixão, arte e criatividade se pode construir uma sociedade mais inclusiva e aberta.

A Figura típica regional desta noite foi “O viajante dos rios da Amazônia”, que encerrou a viagem pelas águas nos barcos, desembocando na arena mágica do bumbódromo parintinense.

A Celebração folclórica foi interpretada pelo espetáculo “O Mamulengo do Folclore Parintinse” que por sua vez contextualiza a migração do boi ocorrida do Nordeste para cá pelas mãos de Lindolfo Monteverde. A Celebração Folclórica encena um mamulengo do Auto do Boi Garantido feito pelos familiares de Lindolfo. Essa parte da apresentação foi marcada pela entrada da Rainha do Folclóre, Edilene Tavares, que surgiu em um balão São João.

A Lenda Amazônica “Teperecique, O Senhor Das Águas” abordou a agressão que o Povo Ianomâmi vem sofrendo em razão das atividades mineradoras na região do Madeira. A resposta, neste caso, é Teperecique, o “senhor das águas”, deus ancestral humano e peixe, que por sua vez levantará em sua ira para defender a floresta e seus povos da devastação motivada pela cobiça.

O Ritual indígena “Ritual Tenharim”,um dos momentos mais esperados da apresentação, teve como personagem principal o Pajé, que evidenciou o caos que assola as aldeias Tenharim, os quais recorrem a um rito de nominação/iniciação de um xamã capaz de combater os espíritos e as ameaças ao seu povo.