Babá defende demandas de famílias indígenas de Parintins
31 de maio de 2021Fernando Menezes defende vacina contra Covid e autonomia médica
31 de maio de 2021Quando não há mais esperança, quando bate o desespero e você percebe que ninguém se importa com o seu futuro. Seus sonhos já não alimentam o desejo de ser alguém qualificado e pronto para encarar a vida e o mercado de trabalho.
Tudo parece que não faz mais sentido e a vida que se vive já nem entusiasma tanto, a decepção é maior ainda quando você percebe que nessa mesma situação estão mergulhados sua família e seus melhores amigos.
As ofertas que aparecem não são saudáveis, e essas se apresentam com a garantia de sobrevivência, e nessa linha de pensamento, muitas famílias entram no submundo do tráfico de drogas, e cada dia muitos se iniciam nessa oferta de trabalho como único meio de sobrevivência.
Nas comunidades rurais o problema cresce de forma assustadora, pois não há perspectiva de melhora, os moradores que não têm emprego na prefeitura estão largados à própria sorte, sem um projeto de incentivo ao setor primário, a comunidade se resume naqueles que tem emprego na prefeitura e os excluídos.
O assunto requer uma atenção especial por parte das autoridades, pois não é apenas a força heróica dos policiais, ou força coercitiva que iremos resolver o problema, mas sim um trabalho em conjunto de vários seguimentos da sociedade. O problema é grave e deve ser enfrentado com disposição e eficiência.
O Poder Público deve ter um projeto e objetivo de construção do cidadão como sua principal obra, e não apenas pensar nos lucros e recompensas que as obras de concreto e cimento lhes proporcionam. As famílias estão a mercê da sorte e das influências ruins, e isso tem que ser encarado com seriedade para não sofrermos as consequências com o aumento da violência em nosso município.
Por Juscelino Melo Manso – presidente da OAB subseção Parintins / Advogado Criminalista