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Há dois meses para eleição do Boi-bumbá Garantido, e um dia após a compra do curral Lindolfo Monteverde, em leilão,pelo grupo Samel, os ânimos ficaram exaltados entre o grupo da situação e os da oposição da Associação Folclórica 32 vezes campeã do Festival de Parintins (município distante 369 km de Manaus).
Desta vez quem se pronunciou por meio de nota nas redes sociais foi o ex-presidente do Bumbá, Antônio Andrade, que tambem vai concorrer a presidência do Boi Vermelho.
Segundo Antônio Andrade, em relação ao Leilão da Cidade Garantido, ocorrido em 24 de julho, ele afirma que as ações trabalhistas que deram origem ao Leilão, não é de responsabilidade do mandato dele, que ocorreu de 2001 a 2002.
“Não sou covarde! Jamais me esconderei por trás de blogs e sites para caluniar e espalhar mentiras sobre adversários. Isso é coisa de gente medrosa e inescrupulosa! O que eu penso e falo, tenho a honra de mostrar a cara e assinar o que digo! Os processos referentes ao ocorrido ontem foram ajuizados em 2015, frutos de contratos trabalhistas não pagos e quem estavam como diretores do Boi eram os senhores Adelson Albuquerque e Fábio Cardoso, que fazem parte do mesmo grupo político que está na presidência do bumbá desde 2014 e quer se perpetuar no poder”, disse Antônio em um trecho da nota.
O ex-presidente também afirmou que no mandato de Fábio Cardoso e Messias Albuquerque foram feitos acordos na Justiça do Trabalho, não cumpridos. “Eles são os responsáveis pelo Leilão e a perda do Curral do Boi Garantido! Ainda há ajuizamento de outras dezenas de ações trabalhistas que vão gerar mais problemas para frente! Além de não arcarem com o prejuízo incalculável que estão causando, deixarão ainda mais problemas para a próxima gestão. Vale lembrar que em minha época se fazia boi de arena com aproximadamente R$ 2 milhões, recurso 3 a 4 vezes menor que agora, e ainda comprei a SIBRAZEM e implantei as ações sociais do Boi”, ressaltou Andrade.
Em relacao a auditoria de 2015 que apontou uma dívida de 10 milhões deixada por sua gestão, Antônio Andrade afirmou o seguinte: “A tal auditoria, de 2015, foi feita apenas para chantagear os ex-presidentes, para deixar os novos donos do poder soltos para fazerem os desmandos que estão fazendo dentro do nosso Boi.
Quando concluíram a tal auditoria, eu, Zé Walmir e Vicente Matos, pedimos cópias da mesma. Não nos deram. Insistimos. Nada. Então, pedimos uma reunião com a Diretoria do Boi e os tais auditores. Depois de muita insistência, reuniram conosco, e nos repassaram umas páginas resumidas, com valores correspondentes à parte de cada um dos ex-presidentes. A minha tinha esse valor de 10 milhões de reais. Estava na reunião eu, Zé Walmir, Vicente de Matos, Fábio Cardoso, o Presidente Adelson Albuquerque e dois “auditores”. Questionamos os valores, apontamos muitos erros, inclusive de datas, etc. Ficaram de corrigir e nos chamarem para uma outra reunião, o que nunca aconteceu!
Solicitamos que antes da próxima reunião nos mandassem a auditoria completa, e nos colocamos à disposição para qualquer esclarecimento. Bem, nunca mais nos chamaram para a tal próxima reunião e nem nos mandaram a tal auditoria completa. O assunto foi sumindo devagar até cair no esquecimento”.
Ainda sobre dívidas, Andrade revelou que deixou algumas. ” Mas essas dívidas, em sua maioria, no mandato do ex-presidente José Walmir, uma outra parte no mandato do ex-presidente Vicente de Matos. Na transição, por sinal, muito tumultuada, cheia de conflitos por conta da eleição, entre o meu mandato e o do Zé Walmir, não cheguei a fazer a Declaração de Pessoa Jurídica do Boi, de 2002. Como bem sabem, a declaração de IR é feita no ano seguinte ao da base, ou seja, é sempre feita no ano posterior. Essa Declaração foi feita pela nova Diretoria, e o contador por despreparo, ou não sei o motivo, fez a Declaração como Inativa. Eu cheguei a avisar que a Declaração estava errada, e tinha que ser retificada. Mas, nada foi feito. A Associação, nos 4 anos seguintes, continuou a fazer as Declarações sem movimento, Inativas, até que a Receita Federal notificou o Boi, sobre a primeira Declaração Inativa, cobrando os impostos dos quais o Boi seria isento, caso tivesse feito a declaração da forma correta!
Essa história é longa. Mas, de forma resumida e muito clar, Se a Diretoria da época do auto de infração tivesse feito a defesa correta, ou me deixado fazer a defesa, (cheguei a pedir para fazer), afinal era o Presidente do ano base (anterior) e grande interessado no assunto, já que essa Declaração havia sido feita em 2003, mas era do Exercício de 2002, esta dívida jamais existiria. Porém, ela não é a causadora do Leilão da Cidade Garantido, nunca foi paga, e nenhuma Diretoria sucessora recorreu. Eu conversei com todos os presidentes para recorrer, inclusive com os senhores Adelson e o Fábio. Porque mesmo o boi tendo perdido todos os prazos, ainda é possível resolver, basta boa vontade e compromisso, coisa que os últimos responsáveis nunca tiveram por puro cunho político, achando que desinformando o sócio poderão se perpetuar no poder”, finalizou.