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22 de janeiro de 2020Por Hudson Lima, do site Parintins Amazonas
Na cidade de Parintins o Governo Federal cataloga a presença de 53 Venezuelanos
Começaram a chegar em 2018. Uns mais jovens. Homens e Mulheres, quase imperceptíveis. No final de 2019 já tinha grupos. Agora em 2020 perambulam nas ruas crianças, jovens e mulheres Venezuelanas em Parintins. A crise política e econômica do governo de Nicolás Maduro é a base da imensa migração venezuelana. A cidade de Pacaraima, em Roraima, é a principal porta de entrada dos venezuelanos no Brasil. Segundo o IBGE, o Brasil tem 30,8 mil de imigrantes venezuelanos. O número pode ser maior. Pois alguns entram de forma clandestina e não buscam os abrigos ou instituições. Na cidade de Parintins o Governo Federal cataloga a presença de 53 Venezuelanos. Também pode ser mais.
Aliás, pelos bairros e a noite a adentro é fácil encontrar além dos Venezuelanos, os Colombianos, Peruanos e Bolivianos que não se sabe a situação atual; imigrantes, refugiados, turistas ou nômades…
Ainda segundo o IBGE, desde 2015, já 1,9 milhões de venezuelanos abandonaram o país, de acordo com uma pesquisa da ONU, com medo da crise de Maduro. Trata-se da maior migração na história recente da América Latina. Os países de destino são principalmente Colômbia, Equador, Peru e Brasil…
É preciso não fechar os olhos para os Venezuelanos em Parintins. Pois aliciadores da rede de tráfico de drogas estão de olho no recrutamento deles. A preço de banana. Ou os mais novos cair na prostituição e cachaça, pois a maioria mesmo não tem o que se alimentar…
Aqui e acolá são taxados de “preguiçosos”, “pedintes”, “fedorentos” e “índios”. Perambulam nos comércios, bares, baiucas e chamam a atenção pelo idioma diferente. Numa discriminação sem tamanho, perante a fama de acolhedor do povo Brasileiro, amazonida e parintinense. Talvez com alguma atividade de oportunidade possam desenvolver habilidades.
Na frente das Casas Lotéricas e nas Agências Bancárias a cena capturada pela coluna Poder/Koiote está virando comum. Desesperadamente a família “pede” ajuda. É constrangedor a quem nega a ajuda, imagine para quem saiu fugido do país de origem, só com a roupa do corpo e agora tenta sobreviver.
Infelizmente a Cidade de Parintins, já com problemas e estilos de cidade grandes, precisa desse olhar diferenciado para esse “novo” desafio. Afinal devemos aprender a lidar com esses Los Hermanos, que ainda são poucos, mas não invisíveis….