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Reportagem publicada pelo Jornal Gazeta Parintins no dia 17 de maio de 2016
Segundo relatos de moradores da Gleba Vila Amazônia, interior de Parintins-AM (distante 369 km de Manaus), um Jurupari ou um Mapinguari, que até então eram somente criaturas místicas encontradas no imaginário caboclo, existem de verdade. Comunitários contam que uma delas caminhou e deixou marcas de pegadas por mais mil metros pelo meio de um ramal que liga a estrada da Vila Amazônia à Cabeceira do Inferno, as margens do Lago Zé Açú, nos limites da comunidade Nossa Senhora de Nazaré.
Para o senhor José Raimundo Lima (o Seo Zé Raimundo), morador da localidade, as pegadas são do temível Mapinguari, pelo tamanho das marcas dos pés e o espaço entre os passos deixados na piçarra ao longo da estrada. O Mapinguari que por lá passou, teria em torno de 2,5 a 3 metros de altura. “As marcas dos pés eram muito grandes e a distância entre as pegadas fora do normal. Homem nenhum dá um passo desse tamanho e nem tem peso pra afundar o pé na piçarra. Só mesmo um bicho enorme e pesado poderia ter deixado aquele rastro. Pode ter certeza, foi o Mapinguari”, assegura.
Seo Zé Raimundo afirma também que a criatura lendária passou pela localidade neste final de semana e assustou os moradores da região. “O Mapinguari passou aqui na madrugada de sábado, 14, ou bem cedo da manhã de domingo, 15. Depois que os moradores avistaram as grandes e espaçosas pegadas, ficaram bastante assustados. Muitos até deixaram de trabalhar nas roças com medo de ‘dar de cara’ com a fera. O que mais assusta nem é o tamanho da pegada, porém a distância entre elas que é longa. Quem viu o rastro se assustou, eu mesmo fiquei amedrontado”, garante José Raimundo.
Já para o agricultor Odenir Ramos Muniz, 60 anos, que é o dono do terreno que margeia a estrada por onde o bicho passou, as marcas deixadas na estrada são de um Jurupari ou de um macaco gigante da mata. “Ele passou por aqui e deixou as marcas dos pés de aproximadamente 40 centímetros na piçarra da estrada. A distância entre uma pegada e outra ficou em torno de um metro e sessenta centímetros (1,60 m) de distância, a largura na ponta dos pés mede 20 centímetros e as marcas dos dedos são parecidas com as marcas dos dedos de uma pessoa”, alega o interiorano.
Odenir relata ainda que o primeiro a ver as marcas no chão foi o cidadão Francisco Soares Muniz. “Ele viu as pegadas por volta das 7h da manhã quando saia para o trabalho. Em seguida os moradores mais próximos vieram até o local. Para todos foi algo novo, até mesmo assustador, pois muitos ficaram recolhidos em suas residências com medo de se deparar com a fera que por ali passou’, enfatiza o interiorano.
O cidadão que nasceu e se criou na localidade, afirma que o Jurupari é um macaco grande. “É um bicho da mata que não vive na capoeira (local desmatado que está em processo de crescimento). Suponho que ele esteja escondido em uma propriedade próxima daqui, onde tem uma ponta de mata virgem, pois ele entrou em direção a esse local. Lá existem muitas árvores frutíferas além de ter um belo e farto lago. Acredito que por causa do forte verão e das queimadas na região, a mata que ele vivia ficou escassa de frutos e ele saiu de seu habitat em busca de alimentos. Eu não fiquei amedrontado, penso que não é um animal agressivo. Com certeza estava com cede ou fome”, conclui Muniz.
Os universitários Wendel Melo e Elisia Monteiro estiveram na manhã desta terça-feira, 17 maio de 2016, na área por onde a fera passou, segundo os moradores. Mas devido às chuvas torrenciais que tem caído na região, as marcas foram apagadas pelas enxurradas.
Confira o vídeo que já tem quase 50 mil acessos no you tube: