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9 de agosto de 2018Pesquisadores da Universidade do Estado do Amazonas, estimam que a urna funerária tenha entre 1000 a 1300 anos (antes da chegada dos europeus à América) e era utilizada para o sepultamento de entes indígenas.
Uma urna funerária indígena foi encontrada por moradores no quintal de uma casa na comunidade Santa Rita, região da Valéria, localizada a 52 quilômetros da sede do município de Parintins -AM, no momento em que eles faziam uma obra no local.
A região é reconhecida pelo Instituto Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan) como sitio arqueológico. A identificação do material encontrado pelos comunitários foi divulgada pelo Grupo de Pesquisa em Educação, Patrimônio, Arqueometria e Ambiente (Gepia), formado por professores e alunos do curso de História do Centro de Estudos Superiores de Parintins (Cesp), da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), que foi até a localidade.
O Gepia estima que a urna funerária, encontrada enterrada a 85 centímetros de profundidade, tenha entre 1000 a 1300 anos (antes chegada dos europeus à América) e era utilizada para o sepultamento de entes indígenas.
“Moradores da comunidade nos procuraram pedindo apoio, para ver o que poderia ser feito com a urna. Então a gente embalou com bastante cuidado o material para movê-lo e o abrigamos num local que não ficasse exposto. Foi importante perceber que os comunitários se apropriaram dessa história de Parintins. Eles se sentem muito curiosos em saber mais sobre o material arqueológico encontrado”, relata a pesquisadora Clarice Bianchezzi, que é professora do curso de história do Cesp-UEA, e doutoranda em Antropologia/Arqueologia na Universidade Federal do Pará (UFPA).
Apesar da formação os pesquisadores não têm autorização para retirar a urna do local, e ela continua sendo guardada pela família que a encontrou.
“A gente tem entrado em contato com o Museu amazônico, que é parceiro de pesquisa do grupo, e estamos tentando articular possibilidades de recursos financeiros e a autorização do Iphan para fazer a pesquisa. A ideia não é retirar a urna de Parintins, mas manter esse elemento ligado a história do município no município” ressalta Bianchezzi.